NOVELA ARENA – PARTE I

Um projeto que deveria promover a união de gremistas em torno de um Grêmio cada vez maior, mais moderno e ainda mais vitorioso, vem se tornando cada vez mais uma disputa de belezas, vaidades, radicalismos e intransigências.

Quem acompanha diariamente os blogs e imprensa, verifica uma série de questionamentos e preocupações acerca desse projeto. Muitos questionamentos são extremamente relevantes e apropriados a discussão do tema. Entretanto, a maior parte desses questionamentos tem motivação politiqueira, sem nenhuma fundamentação racional de negócios, que mais prejudicam do que contribuem para a discussão que realmente deveria ser realizada sobre esse importante tema.

Embriagados por picuinhas pessoais e pelos interesses dos seus grupos, alguns conselheiros revelaram-se, durante esse processo, verdadeiros xiitas irracionais. Sedentos de sangue e obcecados por verem cabeças rolando, por puro ranço politiqueiro, esses conselheiros relegaram o bem do Grêmio a um quinto plano por conta de suas vinganças políticas pessoais.

O contraponto a esses radicais veio do próprio presidente do conselho deliberativo, Dr. Raul Regis de Freitas Lima, quando requisitou que as comissões formadas no conselho participassem desse projeto, tomando conhecimento do todo, a fim de evitar a propagação do terrorismo infundado promovido por esses irracionais. Felizmente, as comissões estão envidando esforços no sentido de verificar todos os aspectos e riscos que um projeto dessa magnitude pode vir a apresentar, agregando valor ao trabalho que vem sendo desenvolvido pelos assessores externos contratados pela atual gestão do Clube.

Segundo opiniões de integrantes de algumas dessas c omissões, a estruturação do “Deal” sob a responsabilidade do Banco Santander é muito vantajosa ao Grêmio, portanto, podemos concluir que tem muita gente falando e escrevendo bobagens por aí, a fim de assustar, ou melhor, aterrorizar o torcedor gremista e implodir o projeto.

Está na hora de colocarmos um ponto final nessa briga que está sendo travada entre caudilhos e noviços. O Grêmio não é dos caudilhos. O Grêmio não é dos noviços. O Grêmio é da sua torcida. O grêmio é de todos nós.

O passado deve ser reverenciado e os homens que construíram a história do Grêmio devem ser idolatrados. Temos que aprender com o passado o porquê dos nossos acertos, mas acima de tudo, o porquê dos nossos erros para não repeti-los. Todavia, não podemos passar o resto da vida somente de lembranças do passado, pois as lembranças por si só não são suficientes para conquistas de títulos e não nos permitem pagar as contas do dia-a-dia da operação.