Redução da Cláusula de Barreira

Um dos temas mais polêmicos da reforma estatutária de 2004, a eleição proporcional era motivo de grande temor e receio em determinados grupos de conselheiros, que mais tarde passaram a se denominar “movimentos”. Tanto é verdade que as discussões deste tema na comissão responsável pela reforma do estatuto, nomeada pelas lideranças do Grupo Grêmio Vencedor, nunca chegavam a um denominador comum.

Diante das incertezas desta nova realidade gremista, houve uma grande “prudência” na definição do atual percentual de 30%, tendo em vista que a única experiência que poderia ser utilizada como exemplo tinha ocorrido na abertura democrática dos moranguinhos.

Para o bem da verdade, alguns conselheiros e correntes políticas do Grêmio, desde sempre defenderam a redução drástica desse percentual. Não vamos citar nomes de conselheiros nem das correntes políticas, pois não temos o objetivo de fazer propaganda para quem quer que seja.

Passados três anos, alguns conselheiros que eram contra as eleições proporcionais e defenderam arduamente a manutenção do atual percentual, por não terem outra alternativa, sentiram na própria pele a sua desproporcionalidade e hoje estão fora do conselho. Para outros defensores dos 30%, o tiro passou raspando e quase ficaram de fora nesta última eleição.

Hoje, por tratar-se de um tema muito simpático ao associado, o que mais se ouve são discursos inflamados de conselheiros favoráveis a eleição proporcional e a redução da cláusula de barreira, quando todos sabem que eram e, no fundinho ainda são, contrários a essa forma de renovação do Conselho.

Independente dos motivos, razões ou aspirações, estamos muito felizes de ver esse assunto sendo discutido e da “mudança” no pensamento de alguns conselheiros.

Somos favoráveis a redução drástica desse índice, para patamares próximos a 15% ou 20%, nada superior a isso.